Quanto custaria construir a Estrela da Morte hoje?

A Estrela da Morte é, sem dúvida, a arma mais icônica e aterrorizante de Star Wars. Mas você já parou para tirar essa megaestrutura da ficção e colocá-la na ponta do lápis? Ignorando a pequena questão de ser uma ferramenta de tirania galáctica, a pergunta que fica é puramente econômica e de engenharia: quanto custaria construir a Estrela da Morte nos dias de hoje?
A resposta, como você pode imaginar, é astronômica. Não estamos falando de bilhões, mas de valores que superam todo o dinheiro do nosso planeta. A quantidade de aço necessária para a estrutura faria as maiores mineradoras da Terra parecerem lojas de brinquedo, e a energia para alimentar seu superlaser deixaria toda a produção mundial no chinelo. É o desafio orçamentário definitivo para qualquer Império que se preze.
Neste artigo, vamos calcular o preço da Estrela da Morte com base em dados de 2025. Analisaremos o custo dos materiais, a logística para montar tudo no espaço, a energia necessária para fazê-la funcionar e, por fim, responderemos se algum bilionário ou governo teria a capacidade de bancar esse projeto. Prepare a calculadora, pois a conta é de outra galáxia.
O que é a Estrela da Morte?
Pra quem caiu de paraquedas no universo de Star Wars, a Estrela da Morte é uma gigantesca estação espacial, com capacidade de destruir planetas inteiros. Ela aparece pela primeira vez em Uma Nova Esperança e se tornou um dos ícones mais temidos do cinema. Mas vai muito além de uma nave grande: a estrutura abriga exércitos imperiais, sistema de propulsão próprio, armamentos pesadíssimos e ainda funciona como uma mini-cidade no espaço.
Agora, vamos combinar: construir algo desse tamanho não deve sair barato, né?
O Primeiro Desafio: O Custo do Aço da Estrela da Morte
Vamos começar do começo: os materiais.
A Estrela da Morte, segundo estimativas baseadas nos filmes, teria cerca de 160 km de diâmetro mais do que a distância entre São Paulo e Campinas! Isso significa um volume colossal, e mesmo que ela não fosse maciça (afinal, teria muitos corredores, compartimentos, hangares e salas de reunião do Império), sua estrutura exigiria uma quantidade brutal de metal.
Mas quanto exatamente?
Assumindo que apenas 1% do volume total da Estrela da Morte fosse preenchido com aço (para estruturas internas, paredes, vigas, etc), isso já nos levaria a cerca de 168 trilhões de toneladas do material.
E quanto custa isso? Em 2025, o preço do aço gira em torno de:
- R$ 9.140 por tonelada no Brasil
- US$ 1.020 por tonelada nos EUA
Multiplicando:
- 💰 R$ 1,53 quatrilhão
- 💵 US$ 171 trilhões
Isso tudo só em aço. Sem contar sistemas de propulsão, armamento planetário, escudos de energia ou o salário dos stormtroopers.
+ Leia mais: A Estrela da Morte tinha saídas de emergência?
E se usássemos outros materiais?
Claro, materiais como tungstênio ou titânio seriam muito mais resistentes e muito mais caros também. O preço do titânio, por exemplo, pode ultrapassar US$ 6.000 por tonelada. Imagine multiplicar isso por trilhões…
Tradução: a conta passa dos 171 trilhões de dolares, na conversão atual. É mais do que o PIB de todos os países do mundo somados, que ano passado era de 105 trilhões, ou seja, só o aço da Estrela da Morte custaria mais que 1,6 vezes o PIB global. Isso sem contar: tecnologia, mão de obra intergaláctica, energia (estelar!), sistema de propulsão e armamento planetário.
E isso sem contar: tecnologia, mão de obra intergaláctica, energia (estelar, claro!), sistema de propulsão e aquele canhãozinho que destrói planetas.
A Conta de Luz: A Energia Para Destruir Planetas
Uma estação desse tamanho não funcionaria com painéis solares ou bateria de celular, né? Imagina só o gasto de energia pra manter vida a bordo, movimentar toda a estrutura e ainda alimentar um laser gigante pra explodir planetas!
Alguns estudiosos estimam que só o laser destruidor de planetas exigiria uma quantidade de energia comparável a toda a produção elétrica da Terra por milhares de anos. Algo em torno de 10²⁶ joules por disparo. Só pra ter ideia, isso daria pra abastecer a cidade de São Paulo por milhões de anos!
Hoje, mesmo com nossa tecnologia avançando a passos largos, isso seria impossível. Nem Elon Musk, com todas as baterias da Tesla juntas, daria conta.
O Frete Espacial: O Custo da Logística de Construção
Construir a Estrela da Morte não seria como montar um Lego gigante aqui na Terra. A maior parte da estrutura precisaria ser montada no espaço, o que significa lançar toneladas de materiais para fora da atmosfera. E isso custa muito dinheiro.
Hoje, o custo médio pra levar 1 kg ao espaço gira em torno de US$ 2 mil a US$ 10 mil, dependendo do foguete. Imagina multiplicar isso por trilhões de toneladas! Vamos deixar claro:
- Enviar 1 tonelada ao espaço: ~US$ 2 milhões
- Enviar 1 trilhão de toneladas: valor incalculável
Mesmo com tecnologias como os foguetes reutilizáveis da SpaceX, estaríamos muito, mas muito longe disso.
O Cronograma: Quanto Tempo Para Construir a Estrela da Morte?
Bom, nem tudo se resume a dinheiro. A construção da Estrela da Morte levaria séculos, mesmo com milhões de trabalhadores e robôs inteligentes. Afinal, seria preciso montar uma estrutura absurdamente complexa em orbita, com sistemas de suporte à vida, segurança, propulsão, energia… a lista é longa.
Comparando com obras humanas grandiosas, como a Estação Espacial Internacional, que levou mais de 30 anos pra chegar ao estágio atual, dá pra imaginar que a Estrela da Morte seria, literalmente, o projeto de uma civilização inteira.
O Orçamento: Quem Poderia Pagar Pela Estrela da Morte?
Nem os países mais ricos do mundo juntos conseguiriam bancar essa ideia hoje. O PIB dos Estados Unidos gira em torno de US$ 25 trilhões. A construção da Estrela da Morte custaria mais de 30 mil vezes isso.
Nem se o Jeff Bezos, Elon Musk, Bill Gates e todos os bilionários da Terra resolvessem vender tudo e colocar no projeto, daria… talvez só pra fazer a porta da frente.
Por Que Construir uma Estrela da Morte?
Brincadeiras à parte, a Estrela da Morte é um símbolo do poder absoluto e de como ele pode ser perigoso. Na ficção, ela foi usada como instrumento de controle e medo. Mas na vida real, o investimento numa megaestrutura dessas poderia ser redirecionado pra coisas muito mais úteis, como:
- Criar colônias sustentáveis na Lua ou em Marte
- Avançar na exploração espacial e telescópios mais potentes
- Resolver problemas aqui na Terra, como fome, energia limpa e saúde
No fim das contas, construir a Estrela da Morte talvez não seja uma questão de “poderíamos?” e sim: por que faríamos isso?
Melhor continuar como ficção
A Estrela da Morte é incrível nos cinemas, mas continua sendo uma fantasia impossível com a tecnologia (e orçamento!) atual. Vai além da engenharia, é uma ideia que pertence ao universo da imaginação. E talvez esse seja exatamente o charme dela.
Enquanto isso, seguimos encantados com nosso telescópio James Webb e as descobertas da NASA… sem destruir nenhum planeta por enquanto.
Quer saber mais?
E você? Acha que algum dia a gente vai ver uma Estrela da Morte de verdade? Conta pra gente nos comentários!
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