Como seria o final de The Last of Us se Joel tivesse contado a verdade para Ellie?

Se você, assim como a gente, terminou The Last of Us com o coração apertado e um milhão de pensamentos na cabeça, já deve ter se perguntado: e se Joel tivesse dito a verdade para Ellie? Esse momento final é um dos mais marcantes da história dos videogames — cheio de tensão, emoção e dilemas morais.
Hoje, vamos brincar com a ideia e imaginar um final alternativo. Não é só uma fanfic, mas uma reflexão sobre o que poderia mudar (ou não) se Joel tivesse agido diferente. Vem com a gente nessa jornada!
Relembrando o final de The Last of Us
No final do primeiro jogo, Joel toma uma decisão difícil: ele resgata Ellie do hospital dos Vagalumes, impedindo que façam uma cirurgia que poderia resultar numa cura para o fungo que devastou o mundo. A cirurgia, porém, exigiria a morte de Ellie — algo que Joel simplesmente não aceita.
Depois do resgate, Ellie pergunta se o que os Vagalumes disseram sobre uma possível cura era verdade. E o que Joel faz? Ele mente. Diz que outras pessoas imunes foram encontradas, mas que nenhuma levou a uma cura.
E aí está o ponto chato (mas interessante): o peso da mentira. É disso que vamos falar aqui. E se, naquele momento crucial, Joel tivesse dito a verdade?
O que poderia mudar no relacionamento entre Joel e Ellie?
Essa é, talvez, a mudança mais imediata e dolorosa que veríamos.
- Confiança abalada: A relação construída com tanto esforço talvez nunca mais fosse a mesma.
- Ellie tomada por culpa: Saber que dezenas, talvez centenas de vidas poderiam ser salvas ao custo da sua vida? É um peso gigante pra uma adolescente carregar.
- Um distanciamento inevitável: Há grandes chances de Ellie se afastar de Joel ao saber o que ele fez — mesmo que fosse por amor.
A verdade pode ser libertadora, mas também destrutiva. E em uma relação tão intensa como a deles, cada palavra pesa toneladas.
Ellie teria voltado para os Vagalumes?
Essa é uma daquelas perguntas que dividem opiniões entre os fãs. Muitos acreditam que, se soubesse da verdade, Ellie teria escolhido se sacrificar.
Pensa comigo: desde o começo do jogo, ela é motivada pelo desejo de encontrar sentido na própria existência. Ser imune num mundo pós-apocalíptico é quase como uma missão divina. Saber que perdeu essa chance por uma escolha que não foi dela? Dificílimo de engolir, né?
Ao contar a verdade, Joel basicamente coloca essa escolha nas mãos de Ellie. E conhecendo o espírito dela — teimosa, corajosa e, acima de tudo, altruísta — é bem provável que ela teria voltado para os Vagalumes. Mesmo com medo. Mesmo com Joel implorando para não ir.
The Last of Us Part II teria sido diferente?
Ah, essa é a parte mais intrigante. Todo o enredo da Parte II gira em torno do peso da mentira. O jeito que Ellie descobre a verdade, como isso afeta sua saúde mental, sua raiva, sua sede de vingança… tudo nasce daquela escolha do Joel.
Se ele tivesse contado a verdade desde o começo, talvez algumas coisas mudassem drasticamente:
- Menos ódio, mais dor: Ellie sentiria tristeza e culpa, mas talvez não aquela raiva congelante que move boa parte da Parte II.
- Joel e Ellie afastados: É possível que eles nem vivessem juntos em Jackson. A história de “pai e filha improvisados” poderia terminar ali mesmo.
- Abby ainda existiria: Afinal, Joel ainda teria matado o pai dela. Mas o contexto mudaria. Ellie, sabendo da própria escolha, poderia ver Abby de outro jeito.
Resumindo: a história mudaria, mas o mundo seguiria sendo cruel. Teríamos menos violência? Talvez sim. Mas mais sofrimento emocional? Quase certeza.
Há um “certo” ou “errado” nessa história?
A grande sacada de The Last of Us está nos tons de cinza. Não existe certo ou errado. Só pessoas tentando sobreviver e proteger quem amam.
Joel fez o que qualquer pai faria. Protegeu Ellie como se fosse sua própria filha. Tomou uma decisão baseada no amor — mas também no medo da perda.
Por outro lado, a verdade é dura, mas necessária. Tomar decisões por outra pessoa, especialmente quando envolve a vida dela, é questionável no mínimo. Só Ellie poderia escolher se queria morrer por uma possível cura. E essa escolha foi tirada dela.
No fim, o jogo faz com a gente o que só boas histórias fazem: nos transforma em parte dela. Nos faz pensar, repensar, e sentir na pele o peso de cada escolha.
E se fosse com você?
Difícil, né? Agora pensa: se você fosse Joel, o que faria? E se fosse Ellie, como reagiria?
Talvez você já tenha passado por momentos assim na vida real. Decisões em que a verdade parecia virar do avesso tudo que você construiu com alguém. Ou mentiras contadas por proteção — e injustiça. É por isso que a história toca tanto nosso coração. Porque mesmo num mundo dominado por zumbis, o que mais pesa são os conflitos humanos.
Conclusão
Imaginar um final alternativo para The Last of Us não muda a história oficial, mas ajuda a gente a entender melhor os sentimentos por trás dela.
Quando Joel mente, ele nos obriga a enfrentar questões complicadas: Até onde a gente vai por amor? A verdade sempre é o melhor caminho? Mentiras podem proteger ou machucam mais no fim das contas?
A resposta, como sempre, está nos olhos de quem joga. E isso é o mais bonito deste jogo: ele não dá respostas, só mais perguntas.
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