A ciência do multiverso nos quadrinhos é possível?

Apr 30, 2025 · 6 mins read

Você já assistiu a um filme da Marvel ou a um episódio de Rick and Morty e se perguntou: “Será que isso poderia acontecer de verdade?” A ideia de múltiplas realidades tem dominado a cultura pop, mas ela não é só invenção de roteirista maluco. Cientistas também buscam entender essa possibilidade — e olha, não estamos tão longe do que vemos nas telonas. Vamos bater um papo sobre como a ciência trata os multiversos e como isso se encaixa no que vemos nos quadrinhos da Marvel, da DC e até nas loucuras de Rick and Morty. Será que o Homem-Aranha pode mesmo conhecer versões alternativas de si mesmo? Bora descobrir!

O que é o multiverso na vida real?

A palavra “multiverso” parece coisa de ficção, mas alguns cientistas de verdade usam esse termo para descrever a possibilidade de existirem vários universos paralelos. Um dos teóricos mais famosos sobre isso é Hugh Everett III, criador da interpretação de muitos mundos da mecânica quântica. Segundo ele, cada escolha, cada evento, gera uma nova realidade paralela. Por exemplo: se hoje de manhã você resolveu tomar café em vez de chá, pode existir um universo em que você fez o contrário. Bizarro? Sim. Mas, muito interessante também. Esse conceito tem até nome chique: teoria dos muitos mundos.

Como essa teoria funciona?

Vamos simplificar: imagina que você está jogando uma partida de futebol com seus amigos. No instante em que você decide chutar para o gol ou passar a bola, o universo “se divide”. Em um, você fez o gol; em outro, mandou a bola pra fora. Essas duas possibilidades se realizam em universos diferentes. 🤯 A ciência ainda não sabe provar se esses outros universos existem de fato, mas a ideia é levada a sério por físicos respeitados.

Marvel e o multiverso: o que é real e o que é viagem?

Nos filmes da Marvel, como em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, o multiverso é retratado como uma série de realidades que coexistem e podem até se misturar. Tem universo zumbi, universo onde o Tony Stark vive, o Thanos é bonzinho e por aí vai. Mas será que isso tem alguma base científica? Bom, mais ou menos. A ideia de realidades alternativas bate com a teoria de Hugh Everett, mas o modo como essas interações acontecem nos filmes é bem fantasioso. Viagens entre universos, portais e versões alternativas se encontrando têm mais a ver com liberdade criativa do que com ciência real. Mas a verdade é que, como ainda não conseguimos provar nem que existem universos paralelos, não dá pra dizer que é impossível.

DC Comics: o multiverso sempre foi parte da casa

A DC já bate cartão nesse assunto há décadas! Desde os anos 60, personagens como o Flash já exploravam realidades paralelas. Aliás, o Velocista Escarlate tem acesso a outras versões do mundo através da chamada Força de Aceleração — que, claro, é inteiramente fictícia. Um exemplo clássico é a saga Crise nas Infinitas Terras, onde vemos múltiplas versões de heróis coexistindo, se misturando e, em muitos casos, desaparecendo. A DC até tentou organizar a bagunça em suas histórias adotando a ideia de um multiverso oficial, com numeração para cada universo alternativo — quase como se fossem CEPs de realidades paralelas.

Mas e aí, tem algo de científico?

Mesmo que não exatamente fundamentada, a maneira como a DC trata a ideia de múltiplas realidades conversa com noções teóricas reais: universos ligeiramente diferentes, com pequenas mudanças, como um Batman pacífico ou um Superman do mal. É como se cada detalhe gerasse uma nova história — e temos que admitir, essa brincadeira rende ótimos enredos!

Rick and Morty: a liberdade criativa encontra a física

Se tem uma série que abraça o caos do multiverso, é Rick and Morty. Com humor ácido e episódios malucos, o desenho animado explora diversas realidades e até mesmo versões alternativas dos próprios personagens. Apesar das piadas e exageros, Rick and Morty surpreende ao usar conceitos reais de mecânica quântica, viagem no tempo e até entropia. Os criadores claramente estudaram um pouco antes de fazer as loucuras ganharem forma. Claro que o desenho exagera — como não poderia deixar de ser! — mas muitas das ideias apresentadas são baseadas em hipóteses debatidas por físicos teóricos. Ou seja, a essência está ali, só colocada dentro de um enlatado de humor nonsense.

Mas, afinal, o multiverso existe mesmo?

A resposta mais honesta é: ainda não sabemos. A existência do multiverso não foi provada, e talvez nunca seja. Isso porque, por enquanto, não temos tecnologia ou ferramentas que nos permitam testar essas ideias. A maioria dessas teorias depende de interpretações matemáticas da física quântica — que são, sim, complexas. Mas isso não desanima os cientistas. Pelo contrário: continua sendo uma fonte riquíssima de estudo e, claro, combustível criativo para filmes, quadrinhos e séries que tanto adoramos.

Por que gostamos tanto da ideia de multiverso?

Talvez porque a ideia de universos paralelos nos dá esperança. Imagina só um universo onde você escolheu outra profissão, casou com outra pessoa ou nunca perdeu aquele ônibus que te atrasou pra entrevista? Esses pensamentos nos conectam com a ideia de que há infinitas possibilidades — e quem não gosta disso? Sem contar que é uma desculpa perfeita pra ver nossos heróis favoritos de formas completamente diferentes!

Homem-Aranha vestindo preto e sendo malvadão?
Superman que virou ditador?
Morty que é, na verdade, o vilão?

Tudo isso só é possível graças a esse conceito maluco — e maravilhoso — do multiverso.

Conclusão

Enquanto a ciência ainda tenta entender se o multiverso é real ou apenas uma ideia elegante, a cultura pop já abraçou essa possibilidade com força total. Histórias em outras realidades nos encantam porque colocam em perspectiva o “e se…”, questionam nossas próprias escolhas e expandem limites criativos que antes pareciam impossíveis. Mesmo que o multiverso ainda esteja longe de ser provado, ele já existe em algo fundamental: nossa imaginação.